
Enquanto a mamã esfregava
o frio dos pés
com rugas de Inverno prematuro
e o papá porque o era de corpo inteiro
puxava o pingo teimoso do nariz,
o menino brincava
porque sim...
Era por isso que a neve caía no quintal
e o menino desenhava
sobre o tapete branco
com um pau de giz
sem se dar conta que os riscos profundos
arrepiavam o pêlo
do Gató com assento
no Inverno
(No Inverno dos Gatós, claro está, que só começa
em Dezembro.)
Mas depressa se fartou:
fez um boneco de neve,
pôs-lhe o chapéu do papá a vapor
que o tornou ainda mais leve.
A vida é assim! – diz a mamã –
o que tem de ser será amanhã,
se não for hoje.
E foi aí que o menino percebeu
que o chafariz do boneco era uma cenoura
para acabar com o pinga-pinga do nariz do papá.
E teve de ficar sem pés, o boneco de neve,
que o menino os comeu com sabor a chocolate
por causa do Inverno frio
como espinhos de porco
nos pés da mamã.
Por essa razão é que o abominável boneco-tão-lindo
quis a vassoura da praxe
que o céu dos bonecos castigou
fazendo crescer no chapéu uma daquelas minhocas
que os adultos têm escondidas na cabeça
para certas teimosias.
Está visto que isso não aqueceu o Inverno
nos pés da mamã,
nem secou o chafariz do papá.
Ah! – suspirou o menino.
Que lindo que o boneco está!
O que ele não seria
se tivesse nevado de verdade.
o frio dos pés
com rugas de Inverno prematuro
e o papá porque o era de corpo inteiro
puxava o pingo teimoso do nariz,
o menino brincava
porque sim...
Era por isso que a neve caía no quintal
e o menino desenhava
sobre o tapete branco
com um pau de giz
sem se dar conta que os riscos profundos
arrepiavam o pêlo
do Gató com assento
no Inverno
(No Inverno dos Gatós, claro está, que só começa
em Dezembro.)
Mas depressa se fartou:
fez um boneco de neve,
pôs-lhe o chapéu do papá a vapor
que o tornou ainda mais leve.
A vida é assim! – diz a mamã –
o que tem de ser será amanhã,
se não for hoje.
E foi aí que o menino percebeu
que o chafariz do boneco era uma cenoura
para acabar com o pinga-pinga do nariz do papá.
E teve de ficar sem pés, o boneco de neve,
que o menino os comeu com sabor a chocolate
por causa do Inverno frio
como espinhos de porco
nos pés da mamã.
Por essa razão é que o abominável boneco-tão-lindo
quis a vassoura da praxe
que o céu dos bonecos castigou
fazendo crescer no chapéu uma daquelas minhocas
que os adultos têm escondidas na cabeça
para certas teimosias.
Está visto que isso não aqueceu o Inverno
nos pés da mamã,
nem secou o chafariz do papá.
Ah! – suspirou o menino.
Que lindo que o boneco está!
O que ele não seria
se tivesse nevado de verdade.
Sousa Rutra
Não conhecia este texto. Tão giro. Eu nunca fiz um boneco de neve, também nunca vi neve. Que pena que tenho.
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